quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Estudantes querem orientação profissional no ensino médio, aponta pesquisa

SÃO PAULO - Quase metade dos estudantes de ensino médio consultados em uma pesquisa realizada pelo projeto Jovens Pelo Direito à Educação (Jade) afirmou que esperava que a escola auxiliasse a traçar planos para seu futuro profissional.

Segundo o relatório que será divulgado na íntegra hoje, no site da organização Ação Educativa, um a cada três estudantes também afirmou que gostaria que o ensino médio preparasse para o mercado trabalho.

Na pesquisa, foram ouvidos 880 alunos de cinco escolas estaduais localizadas na zona leste de São Paulo. De acordo com o estudo, 45% deles afirmaram que já trabalham ou trabalharam. O mesmo percentual disse que o ensino médio deveria incluir em sua grade curricular cursos profissionalizantes.

Um em cada dez estudantes disse também que a escola deveria apoiá-lo na escolha de sua profissão. A mesma quantidade disse que gostaria de receber no colégio auxílio para ingresso em estágios.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O PARADOXO DO TERCEIRO MILÊNIO

Vemos na atualidade a discordância entre evolução, progresso e valores. A realidade nos mostra que vivemos num gigantesco paradoxo histórico no qual a humanidade as cerca cada vez mais de valores inconstantes e exorbitantes, com propósitos infecundos.

Temos edifícios muito altos, mas pavios muito curtos; auto-estradas mais largas e pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais e temos menos; compramos mais e desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores. Mais conforto, porém menos tempo; mais estudo, mais conhecimento e menos sabedoria, discernimento. Mais medicina, menos saúde.

Temos tempo para as novelas e programas fúteis, mas raramente paramos para lermos um livro ou orarmos.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossas virtudes.

Amamos raramente e odiamos frequentemente.

Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida a extensão de nossos anos.

Já fomos à lua, mas temos dificuldade em ir a hospitais, presídios, asilos e igrejas.

Conquistamos o espaço exterior, mas nosso espaço interior. Fizemos coisas maiores, mas nem por isso melhore.

Nos preocupamos em limparmos o ar, mas continuamos poluindo nossas almas. Jogando fora objetos inúteis, mas não nossos preconceitos.

Construímos computadores para agilizar a vida, mas vivemos estressados e com menos tempo.

Temos carros velozes, mas o congestionamento os torna mais lentos do que as mais antigas carroças.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e moral baixo.

Temos mais lazer menos diversão; maior variedade em comida, menor nutrição. De residências mais belas, mas lares quebrados.

As fraldas de hoje são descartáveis, e o sexo de hoje também.

Estes são tempos em que se almeja a paz mundial, mas perdura a guerra nos lares.

Porém, acima de tudo, é um tempo em que nunca as oportunidades foram tão grandes e tão variadas. Só depende de nós fazermos à escolha certa. Ou lutarmos como guerreiros armados de caráter e respeito em busca das nossas conquistas honrosas, ou simplesmente caminhamos pela estrada errante onde a única coisa que encontraremos, será a medíocre derrota de nós mesmos.


Referência: ALCÂNTARA, Josias; MOZZATO, Gian Carlo. A Magia da Expressão Verbal. Curitiba: Juruá, 2003. 96 p.

Projeto de Orientação Profissional

INTRODUÇÃO
Tendo em vista a grande necessidade vivenciada por adolescentes, jovens e até mesmo idosos com relação à escolha de uma profissão, surge então a Orientação Vocacional para dar norte nessa escolha tão difícil e que envolve vários fatores, como por exemplo, a influência familiar, o desenvolvimento físico, a remuneração e a garantia de sustento material.

Diante disso, ao estudarmos a disciplina de Orientação Vocacional no Curso de Pedagogia podemos aprender sobre a importância desse profissional para este processo de escolha na vida dos educandos. Sendo assim criamos um projeto que tem como objetivo apresentar um plano de orientação profissional/vocacional para ser utilizado por pedagogos em espaços escolares.

O projeto abrange o auto-conhecimento através da realização de dinâmicas e entrevistas, bem como a influência da família, a personalidade, os interesses, os valores e reflexões sobre o mercado de trabalho, as profissões e suas especificidades e o preconceito profissional. Além disso, outro aspecto fundamental nesse processo é a Informação Profissional que dará todo o suporte no momento da escolha profissional.

ENTREVISTAS

Nome:
Idade:
Sexo:
Religião:
Nacionalidade:
Naturalidade (local onde nasceu):
Onde você mora:
Você mora com a família?
Tem irmãos? Quantos?
Qual é o seu grau de escolaridade? Em que série estuda?
Qual a profissão de seus pais, tios e avós?

PERSONALIDADE

Questionário

- Se você fosse um programa de televisão qual seria?
- E um animal?
- E um livro?
- E uma musica?
- E uma comida?
- Fica uma fera quando:
- Fica tranqüilo quando:
- Quando está feliz gosta de;
- Quando está triste gosta de:
- O que imagina que as pessoas pensam de você?
- O que te deixa inseguro ou com medo?
- Qual é o seu sonho?
- O que pensa do futuro?
- O que sabe fazer de melhor?
- O que não se imagina fazendo?
- Houve algum fato marcante em sua vida?
- O que sua família espera de você?
- O que mais sente prazer em fazer?
- Descreva você em apenas uma frase:

Dinâmica

Gráfico da vida pessoal

Objetivo: Retomar aspectos importantes do passado de cada um, tendo em vista a importância de se resgatar o passado e tentar projeta-lo no futuro para poder decidir o momento presente.
Procedimento: Representar por meio de gráfico (feito a partir da criatividade de cada um), as idades mais importantes, as brincadeiras, as profissões que conheceram em cada fase de suas vidas, desde o nascimento, a infância, a adolescência, o momento atual, e como se imaginam daqui a dez anos profissionalmente.

Autobiografia

Objetivo: Aprofundar o conhecimento mútuo de si mesmo, fortalecendo o processo de integração da dimensão temporal passado-presente. Essa técnica possibilita uma retomada da historia de vida para os reorientados e, portanto, uma boa elaboração pessoal da questão pessoal versus profissional dos conflitos relacionados a vivência profissional.
Procedimento: O coordenador fala durante alguns minutos sobre a importância para o conhecimento de si mesmo da integração de todas as etapas da vida pessoal, isto é, do passado, presente e futuro.
1º momento, individual: pede-se a cada membro que redija a sua autobiografia a partir da proposição “por que estou aqui, agora”, destacando aspectos significativos do seu desenvolvimento vocacional desde a infância.
2º momento, em pares: cada um apresenta a sua redação ao colega e faz alguns comentários.
3º momento, grupal: relato da experiência vivida, enfatizando-se a percepção de cada um sobre o colega, ressaltando pontos comuns e diferentes.


Atividade sobre a família e suas idéias

Será enviado um questionário que deverá ser respondido pelos pais visando conhecer melhor o educando e seus familiares. Segue abaixo o modelo do questionário:

Nome do aluno:
Nome do pai:
Idade: Profissão: Nacionalidade:
Nome da mãe:
Idade: Profissão: Nacionalidade:
Religião dos pais:

I – Em relação ao aluno:

1 – Seu filho mora com vocês?

2 – Gosta de:
( ) cinema ( ) Televisão
( ) ler livros ( ) ler revistas
( ) teatro ( ) ler jornais

3 – Pratica esportes? Quais?

4 – Tem muitos amigos?

5 – Estuda sistematicamente?

6 – Qual o seu comportamento geral:
a) com os pais;
b) com os irmãos;
c) com os amigos.

7 – Exerce alguma profissão? Qual?

8 – Quais são suas principais virtudes?

9 – Que defeitos possui?

II – Em relação aos pais:

10 – Os cônjuges convivem com a família?

11 – Há harmonia entre eles?

12 – Possuem vícios?
a) O pai. Quais?
b) A mãe. Quais?

13 – Desentendem –se diante dos filhos?

14 – Tomam decisões de comum acordo em relação ao filho, ou se contradizem?

15 – Procuram dialogar com o filho?

16 – Dá a devida atenção aos problemas do filho, quando solicitado?

17 – Criticam constantemente as atitudes do filho?

18 – Recompensam quando o filho merece?


INTERESSES

Áreas de interesse profissional

Realização da dinâmica “Técnica das atividades profissionais” para promover a identificação das áreas de interesse.
Objetivo: auxiliar o jovem a imaginar alguns tipos de atividades profissionais que gostaria de desempenhar.
Consigna: assinale quais destas atividades você poderia desempenhar sentindo-se bem:

( ) atendimento a pessoas;
( ) movimentação em ambientes fechados;
( ) trabalho com as mãos;
( ) ligado a instituição;
( ) que envolva instrumento de precisão;
( ) organização e sistematização de publicações;
( ) pequenos movimentos manuais precisos;
( ) que permita trabalhar em mais de um lugar;
( ) que exija compreensão verbal;
( ) horário fixo;
( ) que envolva desenho a mão livre;
( ) desenvolvida em ambientes fechados;
( ) que exija estar bem vestido;
( ) convencer pessoas;
( ) atendimento a pessoas necessitadas;
( ) trabalhar sozinho;
( ) execução gráfica rica em detalhes;
( ) por conta própria – autônomo;
( ) manipulação de substâncias;
( ) uniformizado;
( ) horário livre;
( ) que permita traje informal;
( ) imaginar coisas novas;
( ) ajudar pessoas;
( ) que auxilie a transformação de mundo;
( ) ao ar livre;
( ) ligado a construção;
( ) direto com a natureza;
( ) que exija responsabilidade e decisão
( ) utilizando meios de transporte como carro, caminhão, ônibus.

Liste, para cada item assinalado, aquelas profissões que você acha que envolveriam esse tipo de requisito. Coloque todas que lhe vierem à cabeça. Escolha três requisitos que você mais gostaria de desenvolver, e explique por que se sentiria bem atuando dessa forma.

Exercícios para investigação das áreas de interesse

Título da Dinâmica: Eu gostaria de trabalhar em...

Objetivos: auto-conhecimento em relação à profissão que deseja e também para apresentação dos integrantes do grupo;
Material: uma bola (pode ser papel amassado nesse formato)
Tempo estimado: varia conforme o nº. de componentes do grupo (15 a 20 min);

OBS.: Para não ficar muito demorado, recomenda-se até 20 pessoas;

Desenvolvimento: Em círculo, o orientador inicia a dinâmica com a bola nas mãos, dizendo o seu nome e que profissional gostaria de ser. Exemplo: Eu sou “Fulana de tal” e gostaria de ser médica. Em seguida, joga a bola para outra pessoa. Quem recebeu a bola irá repetir o nome da pessoa que jogou a bola, falar o seu nome e a profissão que gostaria de seguir. Assim, a bola será sucessivamente arremessada, até que todos tenham participado.

OBS.: No final poderá ser proposta uma discussão, mediada pelo orientador, sobre as vantagens e dificuldades que cada um imagina que terá seguindo a profissão que deseja.

Atividades sobre coisas que gosto de fazer

Pedir aos alunos que escrevam uma redação relatando coisas que gosta de fazer.

VALORES

Atividades para investigação dos valores

Leitura do texto:

Afinal, quem pode decidir sobre sua profissão você ou seus pais?

Elis Regina e Maria Rita, Tarcísio Meira e Tarcisinho, Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. No mundo artístico se vê bastante: filhos que seguem a mesma profissão dos pais. Mas acontece muito também em todas as áreas. Médico filho de médico, dentista filho de dentista, advogado filho de advogado.
Diante dessas ocasiões, alguns questionamentos acabam vindo à tona:
• Teria sido uma escolha própria ou praticamente uma imposição dos pais?
• Foi um caminho traçado naturalmente ou algo considerado mais fácil ou praticamente único (no caso de empresas familiares, por exemplo?)
A preocupação sobre a escolha, o sucesso ou o fracasso profissional dos filhos ronda a cabeça de qualquer pai. Mas a questão é saber os limites das influências exercidas.
A psicóloga Silvana Martani considera o assunto delicado, mas aconselha um primeiro passo: "Eu acho que os pais devem pensar se o incentivo que eles dão aos filhos têm a ver com eles ou com os filhos".
Autora do recém-lançado Manual Teen, da Editora Wak, Silvana complementa dizendo que há muita ilusão quando o tema é esse.
"Muitos pais idealizam para os filhos, carreiras que eles mesmos não conseguiram seguir. Às vezes existe uma necessidade de cumprir o que ainda não foi cumprido. Por outro lado, existem também aqueles pais que querem impor aos filhos a mesma carreira deles, um prosseguimento nos negócios e acabam exigindo uma aptidão que aquele outro indivíduo não tem."

As expectativas

Com 37 semanas de gestação, Vanessa Garpelli sabe bem que existem muitas expectativas sobre os filhos...e desde a barriga! "A partir do momento que você descobre que está grávida, começa a pensar diferente e em tudo. Outro dia ouvi no rádio sobre a possibilidade de mulheres começarem a se apresentar ao Exército aos 18 anos, assim como os homens. Isso, antes, eu nem prestaria atenção. Mas foi muito inconsciente. Ouvi e na hora pensei: ‘ai, só falta essa agora...coitada se a Isadora tiver de entrar no Exército.’..."
A tradutora, mamãe de primeira viagem, garante que ainda não pensou em nenhuma profissão para a filha, mas confessa que tanto ela como o marido brincam bastante sobre como será a personalidade de Isadora. "Ela chuta muito, então achamos que ela será bem sapeca. Também terá gênio forte porque nós dois temos. É...tem muita expectativa. Não dá mais para pensar só no hoje. Eu já penso sim no futuro dela."
Se mesmo antes de nascer já existe tanta hipótese, imaginem quando os filhos estão realmente já na fase de fazer as próprias escolhas. Vera Márcia Pina já está gabaritada tanto pessoal como profissionalmente. Psicopedagoga, ela é mãe de 4 filhas: Tatiana, 25 anos, Patrícia, 21 anos, Cristiane, 17 anos e Alessandra, 15 anos.
Com tanta bagagem, ela conta como procurou agir dentro da própria casa: "Influências existem, é claro. Mas sempre procurei me distanciar das minhas próprias tendências e vontades, permitindo que as meninas pudessem sim fazer suas próprias escolhas."
Se ela conseguiu? Bom...Tatiana foi quem mais seguiu os caminhos da mãe, é psicóloga. Patrícia está terminando o curso de Veterinária, Cristiane acaba de passar no vestibular para o curso de Publicidade e Propaganda, enquanto a caçula Alessandra pensa em ser arquiteta. "Lembrando que o pai delas é engenheiro, acho que saiu bem variado...(risos). Então é possível sim ajudar, ao longo da vida, o seu filho a saber quem ele é e a ter autonomia suficiente para fazer uma escolha própria."

Conselhos práticos

Para Vera, a melhor estratégia é abrir o diálogo: "Aqui em casa tudo o que não se faz é não falar. Então, fala-se de tudo, conversa-se muito sobre todos os assuntos. Eu tenho certeza que isso ajudou e ajuda a clarear idéias”.
E essa também é a dica principal de Silvana: "Mantenha sempre as portas abertas.", diz ela que enumera outros bons conselhos:
• Respeite as características do seu filho e os dons pessoais de cada um;
• Dê condições para que ele faça uma escolha livre;
• Proporcione o maior número de informações possível;
Enfim, converse muito com ele e, percebendo que há dificuldades, leve-o a profissionais especializados e mostre saídas que permitam que ele se conheça melhor, como os testes vocacionais.
"Com a mesma carreira ou não dos pais, o fato é que há muito medo de não ser tão bom quanto eles. Mas não há problema em ter insegurança. É hora de abrir, expor os medos e vontades. Com muito diálogo e orientação, tudo dá certo. Com essas dicas, a gente aumenta as chances de uma escolha mais assertiva.", conclui Silvana.

INFORMAÇÃO PROFISSIONAL

Fontes de informação profissional

Como fonte de informação profissional nós criamos um blog com informações sobre orientação vocacional/profissional. Segue abaixo o endereço do blog para consultas relativas a informação profissional bem como projetos para serem desenvolvidos em escolas pelos pedagogos e demais profissionais da educação:

http://escolhadaprofissao.blogspot.com/ .

Roteiro de entrevista para informação profissional

Pense sobre três profissões que você gostaria de exercer e responda as perguntas a seguir:
1- Ao fazer suas escolhas, você pensou mais na questão econômica ou na realização profissional? Explique.
2- Existe na sua família alguém que exerça alguma das profissões que optou?Em caso afirmativo, cite o grau de parentesco.
3- Você já buscou informações sobre como as profissões que escolheu são exercidas? Se não fez ainda, procure fazê-lo e responda a próxima pergunta.
4- Enumere uma vantagem e uma dificuldade apresentada por cada uma das três profissões que pensou exercer.
5- Gostaria de fazer um teste vocacional ou já está definido sobre suas escolhas?

Atividade: Cartões de profissões

Algumas profissões e sua atuação profissional.

Mecânica: desenvolve atividades na área da indústria como planejar, implantar e controlar a manutenção de um serviço na fabricação de peças e equipamentos.

Petróleo: atuação desse profissional é especificamente na área de petróleo. O campo de trabalho é restrito apesar de oferecer altos salários. O técnico atua na exploração e beneficiamento de petróleo e seus derivados.

Construção civil: elaboração de projetos arquitetônicos, estruturais e de instalação hidráulicas e elétricas, atua na elaboração de projetos, como elaborar cronogramas e orçamentos e supervisionar a execução deles.

Eletrotécnica: atua na manutenção, com projetos na execução elétrica e eletrônica, como a montagem de painéis elétricos. O profissional pode trabalhar empresa de fornecimento de energia elétrica, ter seu próprio negocio ou na extração de mineral, metalúrgica entre outros.

Metalurgia: atua na produção, fabricação, tratamento e qualidades dos produtos de metalurgia, siderúrgico e materiais cerâmicos.

Automação industrial: atua na programação e montagem dos processos elétricos.

Segurança do trabalho: atua na elaboração e implementação de políticas de saúde e segurança do trabalho, no acompanhamento da área da saúde e promove a adoção de recursos ligados às ações preventivas no trabalho.

Meio ambiente: o profissional trabalha no controle ambiental no gerenciamento dos resíduos sólidos para desenvolver sistemas de tratamento.

Atividade: Procurando emprego

Propor aos alunos que pesquisem em jornais, sites, revistas, faculdades sobre as várias profissões, enfatizando as funções desenvolvidas por esses profissionais, formação, remuneração, condições de trabalho. E, investigar sobre uma profissão de sua preferência ou uma profissão que pretende seguir, fazendo uma analise histórica desde os anos 70 até a atualidade. Com o resultado da pesquisa efetuada pelos alunos promover uma feira de profissões na escola para informar as demais turmas sobre as atividades profissionais.

Outra possibilidade é a visita a agências de seleção e recrutamento, como SINE, COEP, CIPE, Excellence, Catho, Manager, para saber como anda o mercado de trabalho, bem como realizar sua inscrição para estágios e empregos para aquisição de experiência profissional.

ETAPA FINAL DO PROCESSO

Exercício: Análise e reflexão sistematizada

Elaborar uma dinâmica para ser aplicada entre os participantes visando proporcionar a eles um melhor entendimento sobre a profissão escolhida, antes disso será construído através de pesquisa um mural contendo as principais informações sobre as profissões.

Atividade: Programação para o futuro

Realização de dinâmicas

Técnica: Viagem há um dia no futuro
Objetivos: Propiciar a vivência do imaginar-se no futuro. Trabalhar a dificuldade de projetar-se no futuro e relaciona-la com o momento da escolha.
Consigna: Acomodar-se da maneira mais confortável possível, de preferência deitado no chão, Música relaxante no fundo.
“Agora vamos imaginar que estamos dentro de uma máquina do futuro, que nos levara a um dia qualquer de nossa vida daqui a dez anos. Estamos acordando em nossa casa. Levantamos, tomamos o café e nos preparamos para sair para o trabalho. Como estamos nos sentindo? Para onde vamos? Como vamos? A pé, de ônibus, de carro, como? E o caminho para o trabalho, como é? É longe? O que vemos? Estamos chegando. Como é o lugar em que eu trabalho? É um prédio muito grande? Ou é ao ar livre? Entro e cumprimento algumas pessoas. Vou para o meu lugar? Como ele é? É fixo ou não? Tenho colegas ou trabalho sozinho? Que tipo de atividades eu desenvolvo? Surge um problema. É grave! Como resolvo? Sozinho? Tenho essa autonomia? Preciso pedir ajuda a alguém? Como me sinto nessa hora? E assim vai passando o meu dia. Vai chegando a hora de ir embora. Já fiz tudo o que deu para fazer nesse dia. Estou voltando para casa, e penso como foi meu dia de trabalho. Chego em casa e comento. O que eu digo? Agora, devagarzinho vou voltando para o grupo de orientação profissional, principalmente mexendo as mãos,os pés, devagarzinho vou mexendo o corpo, espreguiçando, me despertando. Aos poucos todos vão se sentando e comentando com o grupo como foi sua viagem.”

Comentários: essa técnica permite ao jovem projetar-se no futuro e perceber onde estão suas fantasias, esteriótipos, medos e dificuldades. Muitas vezes eles percebem que sabem pouco sobre o dia-a-dia da profissão. Outras vezes não se sentem bem desempenhando certas atividades. Outras, ainda, se realizam e tem mais certeza de que realmente é isso que querem escolher como profissão.

Atividade: Reflexão sobre o vestibular

Dinâmica: Vivência sobre o vestibular
Objetivo: trabalhar o sginificado social do vestibular e as angústias e pressões vivenciadas pelo jovem.
Procedimento: coloca-se uma cadeira na frente do grupo e solicita-se para cada um que imagine o vestibular sentado na cadeira. Logo após cada um demonstrará todos os sentimentos em relação a ele.
Neste momento os temores são personificados e projetados sobre a cadeira. Muitos consideram o vestibular um monstro, e podem colocar para fora toda a raiva contida. Outros falam da injustiça social, quando tão poucas vagas são oferecidas para um número tão grande de interessados.

Texto para reflexão: Pensar o vestibular como instrumento de ensino revalorização de um conceito de história, conseqüentemente, um projeto de vida.

O vestibular tem-se mostrado um caminho onde muitos jovens, mesmo não conscientes, acabam tendo que criar um projeto de vida. Pode-se questionar sobre tamanho, qualidade e consistência (no sentido de construção de identidade) desses projetos, mas não se nega a sua existência na vida dos jovens. Projeto de vida é entendido aqui como uma conduta organizada para atingir finalidades específicas. Nesse sentido, entende-se que o jovem que deixa de sair com os amigos para ficar estudando, ou de praticar hobbys, ou ainda, gastando longas horas de estudo em casa visando ter o nome na lista de aprovados da faculdade de sua escolha, pode e deve ser considerado alguém que tem um projeto de vida; que projeta sua vida. Evidencia-se, pelo que já tratamos anteriormente, que esse projeto de vida não é claro, no sentido de construção de uma identidade, de busca de si mesmo, pois está inserido no confuso contexto pós-moderno. Nesse sentido, afirma Gilberto Velho :

“... a elaboração de projetos individuais e as trajetórias, propriamente ditas, se dão em um mundo complexo, tanto em termos de pertencimentos e papeis sociais como, sobretudo, de crenças, valores e referências simbólicas”.

Mas, mesmo que complexo, é um caminho que a escola pode usar para entrar no universo desse jovem pós-moderno e ensinar-lhe a busca a identidade por meio do projeto de vida; uma vez que é ela mesma que o está preparando para o vestibular. A escola pode acompanhá-los bem de perto e lhe propor aquilo que lhe é peculiar, próprio, capacitar o sujeito para que alcance seus objetivos, sua realização como pessoa, mediante ações livres e eticamente corretas. Mostrar-lhe que pode, a partir do que está vivenciando com o vestibular, construir um projeto de vida; construir sonhos, descobrir a humanidade integralmente.
Esse modelo de projeto de vida em que vive o jovem de hoje, deve ser acompanhado e bem de perto, como propõe Gilberto Velho : “As juventudes, com sua heterogeneidade e dinamismo, com novos tipos de projetos e trajetórias devem ser acompanhadas com cuidado e atenção”. Esse acompanhamento deve ser feito pela escola.

Árvore genealógica vocacional
Abaixo segue um modelo de Árvore genealógica de um adolescente X para exemplificar como pode ser feita esta atividade com os alunos:

Dinâmica sobre o Preconceito Profissional

Dinâmica: "sonhos"
Objetivo: Aprender a respeitar os sonhos dos outros
Materiais: balões coloridos, caneta, papel sulfite e palitos de dente.
Procedimento: O participante deverá escrever em um pedaço de papel seu sonho, dobrar e colocá-lo dentro do balão, que deve ser inflado. Cada um fica com um balão e um palito de dente na mão. O orientador dá a seguinte ordem: defendam seu sonho! Todos devem estar juntos em um lugar espaçoso. A tendência é todos estourarem os balões uns dos outros. Quando fizerem isto o orientador pergunta: _ Por que destruíram os sonhos dos outros? Deixe-os pensarem um pouco e responda para defender o seu sonho você não precisa destruir os sonhos dos outros, basta que cada um fique parado e nenhum sonho será destruído!

TEMAS PARA REDAÇÃO

- A profissão dos meus sonhos.
- Que profissional quero ser?
- Como alcançar a profissão que escolhi?


CONCLUSÃO

A escolha da profissão é um momento decisivo na vida de adolescentes e jovens, bem como a reorientação profissional para adultos e idosos, pois a maior parte de nossas vidas passamos no local de trabalho. Diante disso, vemos a importância da orientação vocacional para apresentar um caminho nesse momento tão importante.

Isto posto, podemos observar que a escola tem um papel muito importante nesse processo e os profissionais da educação, no exercício de suas funções, podem auxiliar aos estudantes nesse processo através da promoção da informação profissional, bem como na realização de dinâmicas e atividades voltadas a escolha da profissão. Além disso, as escolas podem realizar feiras de profissões com a participação dos profissionais das diversas áreas e das faculdades e universidades do entorno do espaço escolar.


REFERÊNCIAS

BOCK, Silvio Duarte. Orientação Profissional: a abordagem sócio-histórica. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

LUCCHIARI, Dulce Helena Penna Soares. A escolha profissional: do jovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2002.

___________. O que é escolha profissional. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1998. Coleção Primeiros Passos.

___________. Pensando e Vivendo a Orientação Profissional. 5ª ed. São Paulo: Summus, 1993.

MULLER, Marina. Orientação Vocacional: contribuições clínicas e educacinais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

RIBEIRO, Lair. Como passar no vestibular: use a cabeça e vença o desafio. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO. Biblioteca Central. Normalização a Apresentação de Trabalhos Científicos e Acadêmicos: Guia para alunos, professores e pesquisadores da UFES. 7. ed. Vitóri

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Como Escolher uma Carreira Profissional

A escolha da profissão é um momento muito delicado, pois na maioria das vezes ainda temos muitas dúvidas sobre o caminho que queremos seguir.

Na maioria das vezes os jovens são pressionados a fazerem essa escolha cedo demais, sem ter tempo para escolher, experimentar ou vivenciar até encontrar algo que realmente o satisfaça.

E quando alguns fazem uma escolha acham que tem que ser para vida inteira, deixando muitas vezes oportunidades passarem despercebidas, deixando de investir em si por medo de mudar mesmo não estando contentes com sua escolha.

O que pode nos ajudar nessa busca seria administração do nosso tempo, reservamos um pouco dele para nos focar na busca de autoconhecimento, ir atrás de coisas que nos interessa, coisas que temos prazer em fazer.

Também podemos buscar ajuda de um profissional na área de orientação de carreira.
Dicas para escolher uma carreira profissional:

1) Não abra mão de algo que o satisfaça independente do salário;
2) Quais as profissões que oferecem melhor possibilidade de emprego;
3) Quais as profissões que dão melhor retorno financeiro;

São muitos os fatores que devemos levar em consideração, mas o objetivo principal deve girar em torno da satisfação que será alcançada através da escolha certa, da alegria de fazer o que se gosta, o que resultará em maiores esforços para enfrentar os obstáculos que possa aparecer no caminho, fazendo-nos crescer profissionalmente.

É importante ter em mente também que podemos redirecionar o rumo de nossas escolhas.

É importante que a pessoa tenha interesse em aprender sempre, que esteja atualizada, saiba trabalhar em equipe, para uma troca de conhecimentos e experiências, que tenha uma visão inovadora e positiva de sua atuação profissional e acredite no potencial.
Dessa forma ficará mais fácil escolher uma carreira e alcançar o sucesso profissional.

NOSSA POSIÇÃO TEÓRICA FRENTE A ESCOLHA PROFISSIONAL

Silvio Bock


Não acreditamos que a escolha profissional possa se basear apenas nos aspectos objetivos envolvidos no processo decisório. As funções, atividades, carreiras ou profissões não são "operadas" de forma abstrata pela pessoa que escolhe. Concordamos com Bohoslavsky, quando ele diz que "a escolha sempre se relaciona com os outros (reais e imaginados). O futuro nunca é pensado abstratamente. Nunca se pensa numa carreira ou numa faculdade despersonificadas. Será sempre essa faculdade ou essa carreira ou esse trabalho, que cristaliza relações interpessoais passadas, presente e futuras". Quando uma pessoa pensa em seu futuro ela nunca o faz de forma despersonificada. Ao escolher uma forma de se envolver no mundo do trabalho, bem como a atividade que vai desenvolver, a pessoa mobiliza imagens que adquiriu durante sua vida. Assim, ao apontar uma dada opção como possibilidade, o indivíduo está pensando que "Quer ser como tal pessoa, real ou imaginada, que tem tais e quais possibilidades ou atributos e que supostamente, os possui em virtude da posição ocupacional que exerce". Bohoslavsky continua, apontando que um adolescente quando diz que "queria ser engenheiro" nunca é somente "queria ser engenheiro", mas "quero ser como suponho que seja Fulano de tal, que é engenheiro e tem "tais poderes", que quisera fossem meus" ".(1)

Na escolha profissional o interessado mobiliza um imagem que foi construída a partir de sua vivência, através de contatos pessoais, de exposição à mídia, de leituras (de biografias, romances, revistas, etc) de ouvir dizer (transposição de experiências de outros). Assim, quando uma pessoa diz que pretende ser tal profissional, ela não está pensando em algo genérico e abstrato, existe um modelo que dá contornos a esta pretensão.

Na orientação profissional tradicional (aquela que se pauta na teoria do traço e fator que enseja os testes vocacionais), esta imagem mobilizada é desconsiderada porque se atribui a ela uma noção de fantasia, um noção de falta de informação, uma idéia de que se encontra descolada da realidade e portanto distorcida e romanceada. Na nossa concepção, esta imagem que a pessoa traz quando pensa na escolha, é o ponto de partida do processo decisório. Não é falso, nem fantasioso, nem distorcido e romanceado: é uma imagem que o indivíduo pôde construir a partir de sua vivência e que se dá dentro de um contexto determinado e específico.

Ao escolher,a pessoa está, na realidade, buscando uma nova identidade. Esta identidade (quem se pretende e não se pretende ser) está referida a modelos de identificação. Esta identificação tem a ver com a imagem que a pessoa constrói na sua trajetória pessoal. Ao se pretender uma dada profissão, o indivíduo tem "representado" uma pessoa concreta ou uma situação ou uma personagem (ou tudo isso junto) que gostaria de ser e de superar também. E, segundo a nossa visão, isto não se constitui em nenhum problema - simplesmente acontece com todas as pessoas que vivem uma questão de escolha do nível que estamos tratando.

O ponto de partida do processo de escolha, como já afirmamos, é a imagem construida a partir da vivência da pessoa, entretanto não deve ser o ponto de chegada. De fato, a escolha começa com as identificações, mas se ela for realizada apenas sobre esta imagem, quase que poderemos afirmar que ela não foi bem feita. Uma escolha adequada, não é aquela que nega a imagem inicial, mas a supera. Isto é, se os motivos que determinam a escolha só ficarem ao nível daquela primeira imagem, seguramente, o indivíduo está transitando no terreno das idealizações. Seus motivos devem ir além desta imagem. O indivíduo deve perceber que a imagem que construiu é parcial e que ele deve ampliá-la, perceber as diversas nuances, conhecer o "outro lado", para construir a "cara" de sua escolha.

O autoconhecimento na perspectiva crítica da Orientação Profissional não é a simples identificação de aptidões, características de personalidade e interesses que seriam comparados com os perfis ocupacionais pré-existentes. O autoconhecimento, no nosso entendimento, é a percepção da dinâmica da escolha profissional - de onde ela parte, para onde ela vai - isto é, o conhecimento de como a pessoa está "operando" ou "lidando" com suas decisões.

Na abordagem tradicional, se o indivíduo não tem uma "habilidade" específica para o desempenho de uma função, ele deveria se afastar dela, porque não estaria "vocacionado". Isto era traduzido pelo conflito entre o traço de interesse e o traço da aptidão. O indivíduo estaria interessado pela atividade mas não teria aptidão para exercê-la. Nesta visão, o componente da aptidão pesaria mais do que o interesse porque se acreditava que a aptidão fosse algo inerente ao indivíduo (nascia com ele) e o interesse se forma no social, portanto seria passível de influência externa.

Na nossa perspectiva, a pessoa deve conhecer-se e se por acaso percebe que algo está "faltando", ele pode e deve buscar a superação. É necessário perceber que os cargos, funcões, e profissões estão sempre em movimento (são dinâmicos). O indivíduo, da mesma forma está em constante transformação.


(1) Bohoslavsky, Rodolfo - Orientação Vocacional: A estratégia clínica, Livraria Martins Fontes Editora Ltda, São Paulo 1977: p. 53. obs. grifos do autor

Curso tecnológico é bem aceito no mercado

Formação dura de dois a três anos.

Muita gente pensa que o curso tecnológico é um curso de nível técnico. Não é. Por lei, o curso tecnológico tem nível superior – embora sua duração seja de dois a três anos. Seu objetivo é o de formar especialistas em determinadas áreas.

Especialistas como Amanda de Oliveira. Ela não é médica, nem enfermeira. Mas cuida de vidas. Formada pela Faculdade de Tecnologia de Sorocaba (Fatec), no interior de São Paulo, a jovem de apenas 23 anos é responsável pela manutenção das máquinas de hemodiálise de um hospital da cidade.

“Aos 21 anos, eu estava formada e empregada”, conta a tecnóloga em saúde Amanda de Oliveira.
Os cursos tecnológicos estão atraindo mais interessados a cada ano.

“Mais de 10% dos alunos matriculados em cursos superiores no Brasil já estão fazendo cursos tecnológicos. É uma explosão, realmente. Hoje, estamos passando por um apagão de mão-de-obra. Temos uma falta de profissionais especializados para os próximos anos. O curso tecnológico forma o profissional mais rapidamente para o mercado de trabalho“, diz o especialista em cursos de Tecnologia, Fabiano Caxito.

“Eu queria que o emprego me procurasse, não eu correr atrás de um emprego. E foi o que aconteceu”, conta o tecnólogo em mecânica Leonardo de Carvalho.

Essa é a parte clara da questão. Agora, vamos à zona cinzenta. Muitos tecnólogos reclamam que as empresas, ao selecionar os candidatos, não estão dando ao tecnólogo o mesmo valor que dão ao bacharel.

O professor Fabiano Caxito fez uma pesquisa em 350 empresas de São Paulo para investigar a aceitação do tecnólogo no mercado de trabalho: “Existe ainda um grande desconhecimento por parte do profissional de recursos humanos sobre o que é o curso tecnológico”, aponta.

Na disputa conta um candidato que estudou em uma faculdade convencional, às vezes o tecnólogo sai perdendo.

“Se os dois candidatos não tiverem nenhuma experiência profissional anterior, ainda há uma escolha pelo bacharel”, diz o professor Fabiano Caxito.

O curso de tecnólogo não é recomendável para quem está há muito tempo em uma área e deseja partir para outra área, completamente diferente. Por exemplo: alguém trabalhou sete anos na área financeira e quer fazer um curso de gestão de marketing. Em uma situação assim, o diploma pesará pouco, porque a empresa sempre dará preferência a candidatos com experiência anterior em marketing.

O curso de tecnólogo também não é recomendável para jovens que estejam em dúvida quanto à carreira que desejam seguir. Nesse caso, o curso iria reduzir o leque de opções futuras de emprego. Seria melhor o jovem optar por um curso mais generalista, como economia ou administração.

Mas o curso tecnológico é altamente recomendável para quem já desempenha uma determinada função e deseja saber mais sobre ela. Aí sim o diploma vai se somar à experiência prática e melhorar muito o currículo.

É o caso de Maurício Alves e Eduardo Duarte. Os dois já eram técnicos em mecânica, estavam empregados e resolveram se especializar na Fatec. Hoje, ocupam cargos importantes em uma indústria de autopeças de Sorocaba.

“Sou responsável por uma linha de usinagem dentro da empresa”, conta Maurício Alves.

“Durante o curso, tive a oportunidade de viajar duas vezes para Europa e Canadá. A grande maioria dos meus colegas está empregada. Quem não está em empresa privada, hoje trabalha por conta própria e está muito bem”, comenta Eduardo Duarte.

Finalmente, existem cursos tecnológicos bons e outros não tão bons. Por isso, primeiro, o interessado deve verificar se o curso é reconhecido, no site do Ministério da Educação. Depois, deve avaliar se a instituição de ensino tem renome no mercado de trabalho. Isso também pesa bastante.
“Acho que a aceitação do curso tecnológico vai aumentar muito”, aposta Fabiano Caxito.

“Foi a melhor decisão possível. Eu estava no lugar certo, na hora certa, com o curso certo nas mãos”, avalia a tecnóloga em saúde Amanda de Oliveira.

Em resumo, a diferença entre um curso superior de cinco anos e um curso tecnológico é o tamanho do alvo. No mercado de trabalho, quem faz um curso mais longo poderá mirar em vários setores do alvo. Quem faz o curso tecnológico terá que acertar na mosca.
Para ler a pesquisa completa do professor Fabiano Caxito, clique aqui.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Orientação Vocacional: porque é importante fazer ?



A adolescência é um período de desenvolvimento humano complexo, no qual o jovem se encontra no término do ensino médio e precisa fazer uma escolha difícil em sua vida: a profissional. Tal fase se apresenta, em muitos casos, angustiante tanto para eles quanto para suas famílias. Optar por uma profissão entre tantas outras e ser aprovado no vestibular torna-se um pesadelo, fazendo com que sentimentos como insegurança, medo e irritação surjam freqüentemente, trazendo conflitos e abalando os aspectos afetivo e emocional.

O apoio da família nesse período é importante, mas às vezes é difícil para os pais entenderem tais emoções e mudanças de forma que possam ajudar seus filhos. É nessa ocasião que o auxílio de um profissional em Orientação Vocacional pode ser a solução, pois ajuda a orientar, clarificar ou confirmar o desejo do jovem, facilitando uma boa escolha e um futuro profissional mais confiante.

Conflitos e soluções

Podemos mencionar algumas dificuldades encontradas por eles: a pouca idade para a decisão, a falta de inclinação em relação a uma profissão, a grande quantidade de opções, o conflito entre a sua vontade e as de sua família, a troca de uma área profissional por outra que lhe prometa melhor situação financeira ou mais gratificações no mercado de trabalho, deixando de lado seus desejos e talentos.

Entretanto, há outras questões importantes que são trabalhadas além das já mencionadas: como eles poderão melhorar e crescer em suas carreiras após a formação? O que sua profissão pode lhe oferecer para uma ascensão profissional? Como buscar esses caminhos? Respostas que podem ser encontradas na Orientação Vocacional, diminuindo, dessa forma, a possibilidade de escolhas mal pensadas e de uma vida profissional insatisfatória.

Dra. Sheila Cruz - Psicoterapeuta analítica; experiência com crianças adolescentes e adultos e orientadora vocacional